Gigantes
da tecnologia saem em defesa da Apple
Google, Tweeter e Facebook
declaram apoio à resistência da empresa em não ajudar o FBI a quebrar a senha
do iPhone usado por um dos autores do massacre de San Bernardino.
Gigantes da indústria da
tecnologia declararam apoio à Apple em sua batalha contra o FBI sobre a
segurança das informações privadas dos usuários do telefone celular iPhone.
No início da semana, um juiz
americano ordenou que a Apple contribuísse com as investigações sobre o recente
massacre ocorrido em San Bernardino, na
Califórnia, permitindo que as autoridades tivessem acesso a informações
contidas no iPhone de um dos autores do ataque.
O episódio acabou gerando uma
disputa legal que poderá determinar se as empresas de tecnologia ou o governo
prevalecerão na questão do grau de privacidade e segurança dos smartphones.
O CEO da Apple, Tim Cooke,
criticou a ordem judicial nesta quinta-feira (18/02), afirmando que a medida
ameaça degradar a segurança dos iPhones, deixando os usuários vulneráveis a
espiões e criminosos cibernéticos.
Cada vez mais, outras empresas de
tecnologia saem em defesa da Apple. "Estamos ao lado de @tim_cook e da
Apple (e o agradecemos por sua liderança)", escreveu o diretor-executivo
do Twitter, Jack Dorsey, nesta quinta-feira, em sua rede social.
Também na quinta-feira, a rede
social Facebook afirmou que condena o terrorismo e admira o trabalho dos
agentes de segurança que o combatem, mas disse que lutará intensamente contra
exigências feitas para que empresas de tecnologia reduzam a segurança de seus
sistemas. "Tais exigências podem abrir um precedente assustador e obstruir
os esforços das empresas de assegurar seus produtos", diz a declaração do
Facebook.
O presidente da Google, Sundar
Pichai, também declarou apoio à Apple por meio de uma série de declarações via
Twitter. "Forçar as empresas a habilitar práticas de hacking poderá
comprometer a segurança dos usuários", afirmou Pichai, acrescentando que o
caso "pode gerar um precedente preocupante".
O diretor-executivo do aplicativo
de mensagens WhatsApp, Jan Koum, declarou pelo Facebook que não se deve
"permitir que se estabeleça esse precedente perigoso. Hoje, nossa
liberdade está em jogo".
A Apple tem até a próxima
terça-feira para contestar a decisão judicial de quebra da segurança do iPhone.
RC/dpa/ap
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