PGR poderá pedir afastamento de Cunha a qualquer instante
Por CdB em dezembro 9, 2015
O procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, investiga as
manobras de Cunha e de seus aliados para adiar a votação sobre a
admissibilidade do processo de cassação do deputado
Por Redação – de Brasília
A
Procuradoria-Geral da República (PGR) está prestes a concluir a coleta de
provas suficiente para pedir o afastamento do presidente da Câmara, deputado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo fonte indicou ao Correio do Brasil, em
condição de anonimato, já há elementos suficientes sobre a ação de Cunha para
impedir o funcionamento da Casa, principalmente, do Conselho de Ética da
Câmara. O procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, investiga as manobras
de Cunha e de seus aliados para adiar a votação sobre a admissibilidade do
processo de cassação do deputado.
Rodrigo Janot
Procurador-Geral
da República, Rodrigo Janot estuda medidas contra o presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Procuradores
que atuam nas investigações de autoridades com foro privilegiado enxergaram no
gesto do deputado de aceitar o pedido de impeachment de Dilma uma tentativa de
vincular seu pedido de afastamento por Rodrigo Janot a um ato pró-governo. Além
de apresentar o pedido de afastamento do líder da Câmara junto ao Supremo
Tribunal Federal (STF), o procurador estaria prestes a concluir a denúncia
contra o deputado por crimes de evasão de divisas, peculato, lavagem de
dinheiro e formação de quadrilha, no caso das contas bancárias mantidas na
Suíça.
Os promotores da PGR
também investigam o envolvimento da família de Cunha nos ilícitos denunciados.
Juntos, ele, a mulher a filha são formalmente acusados de receber e manusear
US$ 5 milhões em propina, a partir de contratos da Petrobras para operação de
navios-sonda da Petrobras, no âmbito da Operação Lava Jato.
Cunha articula
Enquanto
não é afastado, Cunha conseguiu afastar do cargo, ainda nesta quarta-feira, o
líder do PMDB, o deputado Leonardo Picciani (RJ). Cunha, que havia feito
campanha para que Picciani assumisse o posto, articulou para que ele perdesse a
posição na qual negociou com o governo a nomeação de três ministros. Na noite
passada, deputados tinham em mãos as assinaturas de 35 peemedebistas favoráveis
à substituição de Picciani por Leonardo Quintão (MG). A negociação para
derrubar Picciani teve a participação do vice-presidente da República, Michel
Temer, e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), segundo parlamentares
ouvidos pelo CdB.
Segundo
os parlamentares, a destituição do deputado fluminense contou com 40
assinaturas, dos 66 deputados da bancada. Já prevendo a ameaça ao cargo,
Picciani articulou com o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e o
prefeito da capital, Eduardo Paes, a volta à bancada de dois deputados que eram
secretários, Marco Antônio Cabral e Pedro Paulo. Mesmo assim, os adversários de
Picciani asseguram ter assinaturas suficientes para derrubá-lo.
O
ponto definitivo para a queda do líder foi a escolha da chapa para a comissão
do impeachment, favorável ao governo. Alinhado do Planalto, Picciani não abriu
espaço para os parlamentares ligados à ultradireita, todos favoráveis ao
impeachment. Os 16 indicados para a comissão eram favoráveis à permanência da
presidenta da República. A chapa foi derrotada, em plenário, e os dissidentes
peemedebistas que aderiram à chapa 2, articulada por Cunha e Temer conseguiram
a maioria dos votos.
—
Ele poderia ter feito um cinco a três. Era razoável. Estaríamos satisfeitos —
diz um dos articuladores do documento que impõe a troca.
Ministros
ficam
Segundo
integrantes do PMDB, Michel Temer teve uma “participação tímida” na escolha do
possível substituto de Picciani. Temer teria recebido o comunicado durante a
noite passada, sobre a movimentação dos insatisfeitos e disse apenas que
desejava a unidade da bancada, o que foi entendido como um sinal verde para a
queda de Picciani.
Na
última quinta-feira, segundo interlocutores, o próprio Temer teria alertado
Picciani da necessidade de contemplar toda a bancada na distribuição das vagas
da comissão, para garantir a unidade. A escolha de Quintão para sucedê-lo é o
cumprimento de um acordo que havia com o próprio Picciani. Quando foi eleito
líder, o deputado fluminense teve o apoio da bancada mineira para derrotar
Lúcio Vieira Lima (BA) em troca de apoiar Quintão para o cargo em 2016. No mês
passado, porém, Picciani avisou Quintão que desejava continuar na liderança no
próximo ano.
A
saída de Picciani, porém, não quer dizer que os ministros indicados por ele
devam também deixar o cargo. Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Marcelo
Castro (Saúde) tendem a permanecer à frente das pastas, mas os peemedebistas
que constroem a destituição do líder, pretende debater agora na bancada como
será a participação no governo.
—
Não vai haver rompimento, mas não tem ampliação de conversa — afirmou um dos
articuladores.
OLHEM QUE COMENTÁRIO INTERESSANTE. DA O QUE PENSAR.
Andrè
Bartilotti · Centro Universitario Jorge Amado
Qiuer
saber? Não confio em PGR nem STF, assim como não confio no Moro. Acho que essa
demora é pensada, organizada para poroivocar esse caos. É de interesse deles
Cunha continuar, se não já o treriam tirado, assim como fizeram com o outro
ladrão Delcídio. No poder mesmo, os golpistas são maioria, e acho muito difícil
a Dilma continuar. E pra acabar de acachapar marcam uma caminhada no dia 16,
quarta feira às 2 das tarde. O que é isso?!!! A esquerda está querendo o golpe também,
é?
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