Computador
imita cérebro com supercondutores e LEDs
Com
informações da APS - 03/04/2017
A
arquitetura neuromórfica deverá superar a capacidade de cálculo do cérebro
humano. [Imagem: Jeffrey M. Shainline et al. -
10.1103/PhysRevApplied.7.034013]
Computador neuromórfico
O supercomputador mais rápido do mundo, o
Sunway TaihuLight, 100% chinês, executa mais cálculos por segundo do
que um cérebro humano, mas consome cerca de 800.000 vezes mais energia.
Para tentar tirar essa diferença,
uma equipe do Instituto Nacional de Padronização e Tecnologia dos EUA (NIST)
está propondo um novo sistema de computação baseado em componentes
supercondutores que se comunicam usando luz e que funciona de forma mais
parecida com a arquitetura neural do cérebro humano.
Os cálculos de Jeffrey Shainline
e seus colegas sugerem que seu computador-supercondutor-fotônico poderá operar
com menos energia e realizar mais cálculos do que o cérebro humano - se bem que
a capacidade estimada de cálculos do
cérebro humano foi recentemente multiplicada por 100.
Neurônio teia de aranha
Nos computadores atuais, cada componente semicondutor interage
com apenas alguns outros, aos quais são conectados por fiações diretas.
Acontece que, se cada componente fosse ligado a milhares de outros, como ocorre
no cérebro, a arquitetura do circuito rapidamente se torna caótica.
Para resolver isto, Shainline
propõe usar fótons em vez de elétrons. Os fótons podem atuar como portadores de
informação e podem se comunicar com inúmeros outros sem a necessidade de
conexões com fios.
O neurônio artificial consiste
de um fio supercondutor conectado a um LED - incorporado seria o melhor termo,
já que ambos fazem parte do mesmo componente. Os dois elementos atuam como
detector e transmissor de sinal, respectivamente.
Na ausência de fótons de entrada,
o LED permanece desligado e o neurônio fica inativo. Quando o supercondutor absorve
fótons, sua temperatura aumenta, provocando uma transição de uma fase
supercondutora para uma fase metálica. Isso altera o fluxo de corrente no LED,
ligando-o e tornando o neurônio ativo.
Como essa transição requer a
absorção de múltiplos fótons, o circuito pode imitar os neurônios reais, que
disparam apenas se o sinal de entrada superar um limiar. Guias de onda
ramificados então canalizam os fótons emitidos para milhares de outros
neurônios supercondutores, compondo o que os pesquisadores chamam de
"neurônio teia de aranha".
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